sexta-feira, 21 de março de 2014

DAS APRENDIZAGENS AO LONGO DO SUBPROJETO

Manu e Nicole depois do depoimento
Para Nicole e Manuelle, o que mais chamou atenção neste primeiro ano de atuação junto aos alunos da Carlos Maffezzolli foi: a) analisar as diferenças entre os contos maravilhosos na versão Disney e os originais aos quais os alunos tiveram acesso e perceber que eles preferem a versão mais adocicada do conto; b) as mudanças ocorridas entre os textos produzidos em 2011 e os de 2013. Além disso, socializaram com o grupo o trabalho feito com o curta Branca da Net que levou os alunos a um sábado de encontro para filmagens. Isso aproximou as bolsistas ainda mais dos alunos. As bolsistas também elaboraram um cartaz para ser afixado na escola com fotos e resultados do trabalho realizado por elas. Elas afirmaram que se sentem mais confiantes para o trabalho em sala de aula depois dessa experiência que ocorreu para ambas em seu primeiro ano de curso.
Fran e Tamires no momento do dizer
Fran e Tamires, ingressantes em 2013, que atuaram junto ao 6.o ano da THEBE,  apresentaram resultados de seu trabalho com gêneros do eixo do narrar. Tamires disse que a experiência a levou à confirmação de que quer ser professora e que os alunos cresceram, ao longo do ano, ao trabalharem com HQ e fábulas. Fran, que já é professora, disse que já trabalhava dentro dessa perspectiva, mas não via resultados, mas que com o trabalho e a avaliação realizada isso ocorreu. Deixou a seguinte reflexão: PENSAR A PRÁTICA: POR QUE SE ESTÁ FAZENDO?

Cristiane e Martha em seus relatos
Cristiane e Martha, que ingressaram no projeto desde seu início, atuando junto à mesma turma por 3 anos na THEBE, analisaram o percurso delas e dos alunos. Perceberam mudança no ritmo das aulas ao longo deste período conforme a série/ano na qual os alunos estavam, puderam acompanhar o seu amadurecimento, mas também perceberam que quase não houve alteração nos textos, pois eles não se sentem motivados a ler e escrever por causa da perspectiva de vida de cada um deles. Isso as levou a um trabalho com a "árvore dos sonhos", fazendo-os refleti sobre uma qualidade, um defeito e um sonho. Como docentes, perceberam a necessidade de mudança no planejamento de um dia para o outro a fim de atender ao grupo. Martha relatou que em sua apresentação em MG percebeu realidades diferentes entre os bolsistas daqui e do Piauí,por exemplo, que usam a bolsa ID para ajudar suas famílias. Comentou também sobre sua participação em outros eventos e o que isso significou para sua vida acadêmica.
Jéssica fazendo seu relato

Jéssica que atuou na THEBE com Odete (agora esperando a chegada de seu bebê) relatou aos demais que iniciou juntamente com Odete na Escola Oscar Maluche na qual todos estavam alfabetizados, o seu maior desfio na escola nova, atuando junto ao 5. ano foi trabalhar com 3 alunos não alfabetizados. Lança então a pergunta: COMO INCLUIR TODAS AS CRIANÇAS? Em seu trabalho, deram prioridade a atividades orais, em grupo e visuais. Segundo ela, valorizar  o aluno é importante. O produto final delas foram vídeos que contam histórias os quais tiveram a total participação das crianças mostrando que quando há planejamento e inclusão todos podem participar. Vale ressaltar que o envolvimento da professora Ivete foi fundamental para que tudo saísse com o sucesso esperado.

Gabi e Thaís animadas com os resultados
Thais e Gabriela, atuando juntas na Maffezzolli  desde o início do projeto, observaram o processo em  cada encontro mensal com as turmas que foram acompanhando. Analisando o trabalho com contos e fábulas, puderam notar que os alunos passaram a perceber as diferenças entre esses dois gêneros discursivos. O trabalho com músicas narrativas que deu origem a um vídeo postado no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=EEonSqJoja0) foi um dos pontos altos no trabalho com a 8. série em 2012. No ano de 2013, o trabalho com os contos originais dos Grimm e suas releituras impulsionaram posteriormente a construção de personagens. `Para as duas bolsistas ID as práticas se modificaram com o tempo dependendo da série embora os alunos fossem, na sua maioria, os mesmos. Atualmente, ambas estão cursando o mestrado em Educação na FURB e Gabriela irá fazer sua dissertação sobre as produções e seu processo dentro do subprojeto.

Cinara e Helô depois do relato
Cinara e Heloisa fizeram seus relatos separadas pois tiveram experiências com duplas diferentes durante seus tempos de atuação na THEBE. Para Heloisa, houve muitas trocas entre bolsistas o que provocou conhecimento entre todos e, na atualidade, em sua atuação docente, percebe que também há muita rotatividade na escola. Cinara acompanhou os alunos do 6.o ao 8.o ano e disse que trabalhar com língua portuguesa representa grandes desafios e isso implica responsabilidade. Quanto ao trabalho das duas, relataram que desenvolveram com os alunos narrativa de aventura e conto de terror em 2013 e os alunos aprenderam as diferenças entre esses dois gêneros. Para ela, partir do que o aluno fez é o mais significativo. Observaram também que para os alunos, no final do trabalho, a análise dos textos não era uma obrigação. Para elas , a atuação no projeto deu a base para escrever outros artigos e continuar na vida acadêmica. Para Cinara, o laço teórico se mantém. 
Débora e Paty avaliando o projeto

Para Patrícia e Débora, também no projeto desde seu início e atuando na Carlos Maffezzolli, houve muitas trocas alunos na escola nesse processo e ela aprenderam com isso também. Puderam observar  maturidade dos alunos e que eles se sentiam ligados aos bolsistas ID. Em sua atuação, partiram sempre dos textos dos alunos. Focaram a reescrita. Além disso, abordaram a aprendizagem acadêmica quanto à produção de artigos e a troca entre vários leitores do projeto para seu aprimoramento. Ambas puderam participa de eventos, encontrar seus autores e trocar experiências.

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